Fogo
de artifício, música, animação, solenidade, encontro e convívio, marcaram a
festa em honra de S. Sebastião, o Mártir Santo, em Nisa.
Os
festejos começaram no dia consagrado a S. Sebastião (20 de Janeiro) com uma
procissão entre a capela do mesmo nome e a Igreja Matriz.
Na
sexta-feira, no início da tarde, teve lugar o “acender do lume”, a monumental
fogueira que iria perdurar e aquecer os mais friorentos ao longo do
fim-de-semana.
Brilharam
nesta noite, os dançarinos e dançarinas da Escola Silvina Candeias que
deliciaram a vasta plateia, composta por pessoas de todas as idades, com
diversas danças de um repertório clássico e alegre que a todos contagiou,
merecendo por inteiro as calorosas salvas de palmas com que foram presenteados.
A
música de baile conquistou jovens e menos jovens em festiva animação. Os bares
não tiveram mãos a medir e a capela, luminosamente decorada atraiu aqueles que
preferiram o refúgio na oração e na meditação.
A
noite de sábado registou uma enchente como há muito não se via no largo e
imediações da capela consagrada ao Mártir Santo.
As
actuações de Josélito Maia e de Zé Águas levaram ao rubro gente de todas as
idades, numa noite agradável e que convidava à festa e ao divertimento.
Resposta
muito positiva da população de Nisa e visitantes para o esforço desenvolvido
desde há cinco anos pela Comissão Organizadora, composta na sua maioria, por
jovens e que têm como único objectivo manter viva a tradição e adquirir fundos
para melhoramentos na capela. Estes, tais como as contas, estão, aliás, bem
visíveis.
O
lançamento do balão, momento sempre aguardado e o deslumbrante fogo de
artifício, deram ainda mais beleza a uma noite mágica que se prolongou pela
madrugada fora.
No
domingo, realce para a entrega e arrematação dos “ramos”. O artista popular
Diogo Guerra no seu estilo inconfundível ia marcando os ritmos e os preços das
várias ofertas da população. “Cesta com pão, laranjas, cacholeiras, uma garrafa
de vinho, doces, está em 15 euros. Quem dá mais?”. E lá seguia “puxando” as
mais valias aos produtos, para aumentar as ofertas. Uma, duas, vinte, trinta
vezes, sempre no mesmo tom bem disposto e prazenteiro.
Aos
ramos e à fogueira seguiu-se uma vez mais a música. Atiraram-se ao “balho”
aqueles a quem ainda restava uma folga no espírito e no físico.
A
festa terminou ao cair da noite. Três dias de folia e um de solenidade mais
profunda, no respeito e devoção por um santo que foi mártir e que continua bem
presente no coração do povo.
Mário
Mendes in "O Distrito de Portalegre" - 31/1/2010