Porque “há gente que precisa de
gente”
Sensibilizar e dinamizar a
prática do voluntariado dirigido para acções concretas de ajuda aos utentes e
doentes do Centro de Saúde foi o objectivo da criação da Liga de Amigos do
Centro de Saúde de Nisa fundada em Maio de 1998.
Tendo como lema “há gente que
precisa de gente”, os primeiros passos desta instituição humanitária foram no
sentido de criação de um grupo de Voluntariado Adulto, com objectivo de
humanizar e criar um bem estar no doente, sendo este sempre posto em primeiro
lugar, prioridade justificada devido ao facto de Nisa ser um dos concelhos mais
envelhecidos da Europa.
Desde a sua criação, a Liga tem tido uma
expansão aceitável e vem desempenhando um papel de relevo no apoios às
actividades do Centro de Saúde, não apenas no apoio presencial aos utentes, mas
também na aquisição de diversos equipamentos e reparações de algumas
infra-estruturas, colmatando diversas carências que, pelos meios normais
demorariam a ser resolvidas.
De acordo com António Grácio,
presidente da direcção “ os nossos dois grupos de Voluntariado que neste
momento existem (Adulto e Jovem) têm sido acolhidos pela população com carinho
e admiração.”
O voluntariado é a base e razão
da existência da Liga e António Grácio explica-nos como funcionam estes grupos.
“O Voluntariado adulto tem como
objectivo distribuir uma pequena refeição a meio da manhã aos doentes que se
encontram à espera da sua consulta. O Voluntariado jovem procura tornar o
internamento mais acolhedor para o doente internado neste Centro de Saúde que
funciona como Unidade de Cuidados Continuados (em parceria com os diversos
Hospitais do Norte Alentejano) disponibilizando-se para fazer compras aos
doentes, companhia e sobretudo ajudam na distribuição das refeições.
Contamos ainda com outro tipo de
actividades, tais como: comemoração do Dia do Voluntário, Festa de Natal para
as Pessoas que vivem sozinhas, Dia de Natal, Dia do Doente, etc.
Vivemos num meio bastante isolado
e tentamos que os adultos olhem para o doente com mais admiração, compreensão,
respeito e carinho, e que os Jovens entendam que a vida não é só facilidades.
Com bastante alegria eles transmitem uma outra vida aos doentes, que por vezes
ficam grandes períodos de tempo internados e com as visitas pouco frequentes da
parte dos familiares. Temos como objectivo humanizar e sensibilizar para um
mundo melhor.”
Noticia publicada em 23/8/2007