20 anos a promover a saúde da
população
A Cerenisa – Centro de
Reabilitação Física de Nisa, completou 20 anos de actividade em prol da saúde
da população do concelho. Paulo Bagulho, sócio-gerente e um
dos fundadores da empresa traça-nos aqui o percurso destes 20 anos de
existência.
Como e quando nasceu a Cerenisa e
quais os seus objectivos?
“ A Cerenisa foi criada em 29 de
Setembro de 1988, tendo como sócios-fundadores Paulo Bagulho e Alexandrino
Pereira, que sairia três anos mais tarde.
O início da actividade teve lugar
no Terreiro da Devesa, no consultório do Dr. Vinagre e os objectivos eram os da
prestação de serviços na área da medicina física e reabilitação. O ano seguinte
(1989) marca o futuro do Centro de Reabilitação com a ligação ao projecto
termal por convite do então presidente da Câmara, dr. José Manuel Basso.
A Cerenisa coloca no balneário
todo o equipamento terapêutico, desde os calores húmidos ao equipamento de
electroterapia e de ginásio, ao serviço do prof. Ramiro Valentim que se
encontrava a fazer o estudo médico hidrológico da água das termas de Nisa.”
Como é que evoluiu a empresa?“Em
1990, mudámos de sede social, para as actuais instalações na Rua Júlio Basso nº
25, uma alteração da sede eu nos trouxe alguma melhoria, em espaço e na
localização, o que possibilitou o alargamento dos serviços prestados, desde
consultórios médicos com várias especialidades, análises clínicas e
electrocardiogramas, para além do serviço de medicina física e reabilitação.”
Como é que aparece a ligação à
Etaproni?
“A ligação aparece em 1992,
altura em que a Cerenisa participa activamente na elaboração do plano
curricular do 1º Curso de Termalismo (nível II) desta Escola, que decorreu até
1996, sendo o curso responsável pela formação de toda a equipa de operadores de
termalismo que viria a assegurar a execução dos tratamentos termais até à
presente data.
Mais tarde, entre 1996 e 1999, a Cerenisa é
responsável pela prestação de serviços na área da balneoterapia, enfermagem,
recepção e fisioterapia do balneário termal da Fadagosa de Nisa. Em 1996, temos
ao serviço, 10 operadores de termalismo, 2 enfermeiros, 3 recepcionistas para a
época termal.
No ano seguinte e com a criação
da Ternisa E.M., participamos no capital desta empresa municipal, com uma quota
de 15%, que ainda mantenho., ficando ligado ao projecto termal.
Em 2005, a Etaproni e mais
duas escolas profissionais (Chaves e S. Pedro do Sul) lança um novo concurso de
Termalismo (nível III) que vem a ser o primeiro em todo o país. Participamos
activamente na elaboração do mesmo, sendo, logo de seguida, escolhida como
local de trabalho escolar e campo de estágio, para muitos dos alunos,
consecutivamente, nas vertentes da massagem manual, cinésioterapia e
electroterapia.”
A nível de serviços, o que é que
a Cerenisa oferece de inovador?“Houve, de facto, algumas inovações. Em 2007
iniciámos duas novas áreas de serviços, com a criação de um Centro de Estética,
Cosmética e Bem-Estar, a funcionar em estreita ligação com a sua área de saúde,
através do apoio dado pelos profissionais de várias especialidades (nutrição,
dermatologia, cardiologia, fisiatria e educação física).
A segunda área aparece através da
ligação a dois lares, os da Santa Casa da Misericórdia de Montalvão e de Vila
Velha de Ródão, locais onde desenvolvemos projectos de actividade física para
idosos.
Estes projectos visam
essencialmente o combate à inactividade a que estão sujeitos estes utentes,
muito principalmente aqueles que se encontram na valência de internamento.
Para tal são elaborados programas
individuais de actividade física, a desenvolver num espaço apropriado e
equipado de forma específica.”
Que balanço é que faz destes 20
anos de actividade?
“Penso que temos crescido devagar
mas com passos seguros. Tem havido uma boa resposta da população e posso dizer
que actualmente registamos uma média de 80 pessoas por dia, que utilizam os
nossos serviços, desde as análises clínicas até à estética e bem-estar.
É essa resposta positiva da
população que tem viabilizado o nosso projecto e que nos obriga a fazer sempre
mais e melhor, de modo a garantirmos a mesma atenção e qualidade, nos serviços
que prestamos à população.
É para isso que cá estamos e
assim queremos continuar.”
"Jornal de Nisa" - nº
265 - 22/10/2008